domingo, 31 de maio de 2009

O meu corpo me dói.

O Problema é com o meu corpo. Só com ele.

domingo, 24 de maio de 2009

Acabou Chorare?

Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
Talvez pelo buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão
Abelha, abelhinha...Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra mim
Abelho, abelhinho escondido faz bonito, faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Abelha, carneirinho...
Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa
Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum

(Novos Baianos)

domingo, 17 de maio de 2009

Uma rapidinha!

Você foi embora e as coisas pouco mudaram. Acho que, na verdade, nada mudou enquanto você por aqui esteve. Minto. Eu fiquei sim mais feliz por poder te ver alguns dias, desfrutar de sua compania e palavras bonitas. Mas não sei. Nossos momentos já não são os mesmos e ver você me fez sentir mais saudade de outro que você já foi. Outro que foi em minha compania, do que já fomos juntos um dia. Senti saudade como sinto de tudo que já vivi e do que não vivi também. Mas dessa vez eu não sei...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Violenta

O QUE TE VIOLENTA?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tosse Seca.

é que foi tão bom conversar com você que ainda não sei se estou feliz, de fato ou se o fato foi feliz de. é que me perco em meus cigarros e pêlos e, quase por segundos, desejo viver tudo denovo. encontrar, conhecer, beijar, trepar, aniversariar, cuidar, brigar, terminar e depois... depois de um tempo, do seu do meu, ver que as coisas podem ser realmente como havíamos nos prometido. é que me perco em meus cigarros, que vão subir de preço no dia vinte, a caixa loira da padaria da daqui de copa me disse, e fico pensando... penso mil coisas e não realizo nenhuma. não faz mal. as coisas não precisam ser feitas no minuto seguinte ao que são elaboradas. quer dizer, pensadas. afinal, pensar estar longe de elaborar. elaborar é muito mais complexo, envolve uma série de segmentos que, quase sempre, são derrotados pela preguiça. ou seja, o elaborar funciona quase como uma peneira, deixando se realizar somente o necessário, ou seja, o que nos faria, ou me faria, falta. e me faz. por isso elaboro tudo que precisa nascer, tudo que de dentro de mim quer sair. tudo que fala mais alto do que minha própria vontade de gritar. hoje chuveu. muito, mas de forma rápida. na verdade a chuva durou o tempo de tomar um táxi e chegar ao destino desejado. foi a pressa que nos fez não esperar a chuva passar. poderíamos ter vindo de ônibus, ter guardado um pouco do dinheiro que pouco temos. mas issto também se revela como mintira. não, não teria vindo de táxi, pois tenho medo de andar só na rua da faculdade depois das vinte e duas horas. está certo que só eu não estava. mas estava com ela que de tão pequena é uma grande compania, mas que não funciona como proteção. talvez o meu gostar por ela seja tão grande que me sinto no dever de protegê-la. então, nesses momentos que estamos os dois juntos e sós, sempre optamos por chamar nosso táxi e ter a falsa sensação de que estamos seguros no caminho até nossas casas. faz tempo eu não escrevo aqui. é que precisava de um tempo mesmo. é que me afundo em meus cigarros e não sei mais quando parar. a tosse seca está aos poucos melhorando, mas ainda me prega peças. como, por exemplo, vir tussindo a viagem inteira de niterói até o rio de janeiro, me fazendo pensar estar atrapalhando a viagem de todos e não poder fazer nada. pensei, mil vezes, em pedir um gole da água do motorista, uma bala para a pessoa que estava sentada ao meu lado. mas nada fiz. estava com medo, tímido. fiquei ali, quieto, mas ao mesmo tempo com a atenção toda tomada para os meus eternos cofs cofs. a tosse te leva a uma ligeira irritação na garganta, que te leva a ter uma queimação após as refeições, que te leva a ter sede, que te leva a mastigar quarenta pastilhas de pesamar e genéricos. faz calor em copacabana. escuto adriana. vou buscar mais água. calma tua rosa que o que é seu, sempre volta completo pra ti. calma.

domingo, 22 de março de 2009

Por

Repeti algumas vezes que sou maior do que este tipo de situação. Conclui que não preciso descer ao nível de outras pessoas para me fazer compreender. Controlei minhas atitudes, não disse nada. Segui em frente como quem controla um carro por uma estrada já conhecida. Ou seja, com toda a calma do mundo, mas também com a fúria e a vontade de chegar o mais rápido possível ao ponto desejado. Fiz de mim curva, contornei a situação para que me sentisse melhor. Nada. Afirmo que não valeu a pena. Pois o que eu queria mesmo era gritar ali, na frente de todo mundo para que todo o mundo pudesse ouvir. Queria dizer que considero este tipo de coisa um absurdo. Que é preciso ter respeito pelas pessoas e saber que nem todas são feitas de ferro. Eu queria subir na cadeira e dizer que me senti traido, que vi os sinais de minha estrada piscarem vermelho e mesmo assim você continuou. Mas não. O ser humano é orgulhoso e, como ele, eu fui também. Brasileira disse que precisamos depositar menos confiança nas pessoas que pouco conhecemos. Eu não sei fazer isso. Como também não sei me passar por forte quando não sou. Não me ensinaram nem nunca procurei aprender também. Por que precisamos sempre manter a postura? Santinha. Eu sou fraco. Pensei sobre o que eu vi ocorrer várias vezes e ainda continuo pensando. Santinha. O melhor é saber que foi uma dupla traição. Os meus chifres são sentimentais, pois não havia nem nunca há de existir algum tipo de relação entre nós que pudesse ter um nome. Ou qualquer tipo de rótulo e afins. Eu fui traido por mim. por me fazer tão crente, amigo e querido. por me fazer pau-para-toda-obra. por me fazer anfitrião, boasvindas, sinta-se em casa. por me fazer campo fértil, balão de festa, algodão doce. por me fazer desejável quando, na verdade, minha alegria e prazer são de montanha-russa. velozes. por me fazer palhaço de meu próprio circo sem platéia. por me fazer planta, avenca, queimada pelo sol e pisada pelas crianças que teimam em brincar no jardim. por me fazer espelho de minha mãe, peso de papel familiar e blusa que falta um botão. sempre. por me fazer carinho e namorar. por me fazer crer que as coisas um dia podem ser melhores do que são hoje. por me violentar, me prender caminhão rua sem saída. A dentista me disse que eu preciso comer mais frutas, melhorar a minha alimentação, cuidar mais da minha saúde. É engraçado, mas ouvindo tudo isso parece que só eu preciso melhorar. Tenha dó. por me fazer ladrão de seu sorriso.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Difícil

é sempre tão complicado te ver que só de pensar na idéia ela já me parece distante. para nosso primeiro encontro foram mais de 19 mensagens enviadas. uma rua, mil pessoas, o carnaval estourando. estávamos lá. no meio daquela multidão conseguimos nos encontrar. hoje, as ruas não estão mais cheias. não estão mais sujas. tens meu número e eu o seu. não conseguimos nos encontrar. fiz convites, todos os que pude e desejei, mas você não compareceu. não me diga que irá as coisas se, de fato, não pretende fazê-lo. não mintas me vestir de jóias se seu dinheiro é pouco, como o meu. o que pouco também me importa. o que se torna importante nos momentos em que você não está é quem se faz presente. quem quer ser visto. pede atenção e consegue. por um segundo pensei em guardar meus olhares para você, mas acho que de nada adiantaria. é este o problema. o seu não estar. os homens que me elogiam quando você cala. que me beijam quando você nega. que me comem com os olhos quando você camufla o seus sentimentos com óculos escutos. o seu não estar. o meu corpo está cansado, pois a festa foi um sucesso e sem mais. cansado por ter esperado você adentrar o salão, como prometido, e me oferecer um drink. cansado por ter me deixado conhecer por outras pessoas. cansado pelo calor que fazia mas dançava. é natural que a espera se dê até determinado momento. difícil foi saber julgá-lo. hoje em dia não se pode prever a que horas alguém ainda pretende entrar em uma festa. isso sufoca. meu deus. eu não sei até onde as coisas se relacionam. sei que estou cansado deste eterno esperar. uma ova. quero fazer minha nova tatuagem. para isso preciso de coragem e grana. quero também comprar um caderno novo para um novo ano letivo. estou colecionando isqueiros para em breve: obra de arte. tenho filtros para tabacos naturais, mas não uso. não gosto. em breve também: obra de arte. o meu ventilador de teto está com defeito e sempre que vou deitar penso que ele pode cair em cima de mim ou da vovó. faz muito calor por aqui. e você não está. como não esteve ontem.