terça-feira, 12 de julho de 2016

Rua dos Dominicanos

As montanhas da sua boca 
Toldo nos meus lábios 
Lembrar do gozo ao lado
Para irmã Rosa, do telefonema
Que só queria dar um abraço
Que absurdo, essa gente toda
Reunida tentando abrir um vinho
Duas perdas totais que
Não se perderam
Ainda se perde quem se ama?
Eu chorei na primeira vez e
Destruí o final da balada
Como é frio e chato descer
A Inácio as sete da manhã
Duas vezes ornitorrinco 
Quando eu tinha pequenininho
Uma mania idiota de olhar
Por entre as frestas 
Eu jamais diria que não é você
O meu poeta favorito
Você, a quem eu prometi
Não chorar a cada despedida
Você, que me fez o convite
Mais bonito do ano
E que tem o rosto invertido
Quando canta as coisas que eu digo
E quem nem poderiam ser cantadas,
Tal qual foi dito na música que nos uniu
Eu disse que completaria o poema
Que aumentaria as palavras
Que já me pareciam lindas demais 
Para que eu ousasse incluir 
Os meus escritos 
Sempre tortos e nunca fiéis 
A tua beleza

Que eu amo  

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