segunda-feira, 22 de agosto de 2011

no nosso bar, sempre tem um minuto para o silêncio.

Acordei hoje pensando no que você disse na mesa do bar. Reivindicar. Acho que herdei essa característica da minha época de militância estudantil e, tavez por isso, hoje, ela se manifeste na minha escrita. Ao contrário dos tempos passados, acredito que agora eu lute por causas menores. Falo de quantidade e não de qualidade. Causas são causas e, se pertinentes, merecem esforço e atenção. As minhas causas agora são minhas, do coração. A luta não é armada e também não tem tropa de ataque. É movimento de resistência, bloco do eu sozinho, escudo e o alvo na certa não te espera. Então, me diz, qual é a graça? A luta é pequenina, escorre pelas beiradas da pia, do mármore que sempre se faz frio mesmo em tempos quentes. Reivindico pelas palavras, na escolha delas e no modo como as uso que, nem sempre, é proposital. Reivindico porque acredito em outras formas, outras possibilidades de afinidade e jogo. Das passeatas e cartazes, dos caras pintadas e do nariz de palhaço, do panelaço e do beijaço herdei a multidão que hoje se abriga em mim. Dentro de mim um carnaval de pessoas desfilam por ruas e avenidas por tempo indeterminado do sujeito que fui outrora. Aqui dentro, sobra canção, melodia, rima e descompasso. É por este acúmulo de prosa e poesia habitada, por esta nova mudança quembreve vaiacontecer...por mim, por você, pelos meninos, pelas meninas: eu vou torcer.

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