sexta-feira, 20 de junho de 2008

duende. não existindo.

Pois é. eu perdi toda razão quando o vi descer as escadas. não impedi, não gritei, nao chamei. só tive coragem de esboçar um gesto para que percebesse que estava ali, parado a espera de um agrado. pois é. eu perdi todo o raciocíneo que havia prometido ter. seguir depois de dizer tudo aquilo que lhe disse. as coisas, ás vezes, paracem fazer pouco sentido. na verdade, acho que sou eu que ando precisando ver sentido em tudo. foi. eu prometo. foi ele quem disse isso pra mim. assim na lata, como quem não deve e não teme nada. silêncio. eu me fiz silêncio. precisava pensar diante de tão forte grave afirmativa. pensei. julguei. voltei atrás. disse, mas agi como se não tivesse dito, pois é isso na verdade que eu deveria ter feito. não dito. mas já tinha ido, já era sabido e o melhor agora era não fazer nada. não dizer nada. só olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio. e um beijo aconteceu. mais um. e depois dele vieram mais montes e eu percebi. percebi o quanto era preciso estar ali, viver ali, morrer ali, naquele momento. afinal, morrer era lindo.

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