sábado, 28 de junho de 2008

digerindo...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

saudade de futuro

é complicado receber milhares de informações e conseguir, de maneira satisfatória, filtrar todas com qualquer tipo de segurança. Ainda mais quando se escreve assim, sem receptor. Fica tudo um pouco vago, a deriva... e eu não sei se esses elogios e palavrões são para mim. Se dizem ou não dizem algo sobre minha pessoa. Vai ver que de repente fazem parte de criações enormes do poeta que, eu, jamais terei entendimento suficiente para respirar. Vai ver que tudo não se passa de um grande engano e, mais uma vez, sou eu quem deseja estar preso em suas linhas. Vai ver um monte de coisas e o caralho a quatro. Esta noite não tivemos janta. Nos alimentamos de um simples e saboroso hot dog e quando isso ocorre, eu lembro de você. Lembro porque nossas noites são assim, nada planejadas, arrumadas de última hora com o alimento a mesa e um fast sex de sobremesa. Tudo assim, feito loucura saindo quente do forno quente de lenha quente. Mas fico a dialogar. Mas com quem? Se a única coisa que me ouve, de verdade, são meus próprios ouvidos, quando insisto em repetir-lhes a maneira e o modo como me sinto. Sei que não deveria pensar tanto, mas penso. Penso no mínimo uma vez em cada parte do dia. Só não penso quando durmo, pois meu sonho se banha única e exclusivamento pelo que só me faz feliz e jamais poderia trazer qualquer tipo de sofrimento a minha pessoa. Pensa que eu queria estar assim? Falando sem parar e vendo as palavras sairem de minha boca como vômito? Não, eu não queria. Queria poder falar em meu jardim, pois faz tempo que não o olho. Queria poder falar sobre o meu ofício, sobre as coisas que estão dando certo, sobre o que não está... Mas acontece que quando algo de maior acontece, entende? as coisas ficam assim, todas ligadas, entrelaçadas e falar disso é falar de tudo ao mesmo tempo sem saber. Hoje não jantamos e isso me fez lembrar você. Eu não sei se a perfeição é o caminho para as coisas, mas garanto que um pouquinho de desejo por ela é sempre bom. Pelo menos eu acho. Perdoa-me por tirar-lhe do eixo, fazer você pensar em coisas que talvez não deveria. Perdoa-me por atrapalhar sua vida, fazer você dobrar a esquina. Perdoa-me ou então não. Não diga nada e as coisas continuam assim. Com o tempo tudo se anula. Um novo porto se abre e, mais uma vez, o marinheiro parte. Peito aberto, cordão lançado no corpo e no coração só saudade. Saudade de um futuro e das coisas que ainda não viveu, mas já poderia ter vivido.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Dos dias do não saber...

É que aquele dia doeu em mim e foi bem próximo ao fim.Já és rosa em meu jardim e pouco fazes para manter o vermelho de suas pétalas. Talvez eu que, na verdade, tenho me apegado ao péssimo hábito de regar tudo sempre com muita atenção. Não sei. De fato, não sei e posso dizer que venho me perguntando todos os dias. É um contínuo e inesgotável exercitar da mente. Cansativo, mas prazeroso. É que o amuleto existencial já está pronto faz tempo, sabe? Acho que ele não aguenta mais ficar pendurado no comprido e largo quadro de metal ao lado da janela. Não sei. De fato, não sei se é o amuleto que já não aguenta mais ou o meu coração. Esta dúvida explica-se, pois na época de sua feitura, objeto meu, foste tão pensado e elaborado que viraste coração e, hoje, essas coisas se confundem e já não sei mais separá-las com devida precisão. Estou muito mais para a estética simbolista do que pertencente ao naturalismo, realismos e suas verossimilhanças. O que importa no momento é o significado, a forma que se expressa, o momento e tom. Se causa impressão, não sei. Sei que também posso afirmar que, no momento, cansei do impressionismo e suas tentativas falhas de criação do espaço, da poética da atmosfera. Eu quero sentir o espaço, o momento, viver de forma intensa e muitas vezes. Como chave que pertence a fechadura e as duas nunca se cançam de ir e vir neste ciclo sem fim. Abre, fecha, fecha, abre. O difícil é saber a hora certa de executar tais ações. Pois as portas com que dialogo, levam a lugares muito mais profundos, intensos, tensos e esquisitos. Aquele dia doeu em mim e, confesso, estive perto do fim.

domingo, 22 de junho de 2008

Das piadas sem graça que amo.

PICA PAU
MARTELINHO
BORBOLETA COM SOLUÇO.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

duende. não existindo.

Pois é. eu perdi toda razão quando o vi descer as escadas. não impedi, não gritei, nao chamei. só tive coragem de esboçar um gesto para que percebesse que estava ali, parado a espera de um agrado. pois é. eu perdi todo o raciocíneo que havia prometido ter. seguir depois de dizer tudo aquilo que lhe disse. as coisas, ás vezes, paracem fazer pouco sentido. na verdade, acho que sou eu que ando precisando ver sentido em tudo. foi. eu prometo. foi ele quem disse isso pra mim. assim na lata, como quem não deve e não teme nada. silêncio. eu me fiz silêncio. precisava pensar diante de tão forte grave afirmativa. pensei. julguei. voltei atrás. disse, mas agi como se não tivesse dito, pois é isso na verdade que eu deveria ter feito. não dito. mas já tinha ido, já era sabido e o melhor agora era não fazer nada. não dizer nada. só olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio. e um beijo aconteceu. mais um. e depois dele vieram mais montes e eu percebi. percebi o quanto era preciso estar ali, viver ali, morrer ali, naquele momento. afinal, morrer era lindo.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Impressionante vírgula. eu hein.

Afinal, onde é que foi parar o impressionismo cênico? Tenho a leve impressão de tê-lo perdido pelo caminho ou então deixei, sem querer, ele cair pelas escadas enquanto subia depressa, procurando nossa nuvem. Sabes que ainda não parei? Tenho certeza que um dia ainda vamos encontrá-la. Assim, como quem não quer nada, em uma mesa de bar ou mesmo no cinema. Juro que acharia demais se pudéssemos cruzar com ela em uma sala de teatro. Não sei porque, mas me ocorre que nuvens não vão muito ao teatro. Acho que o espetáculo teatral é coisa séria, é prá lá da ordem do indizível, e se elas fazem chuva em cena aberta a coisa ia ficar feia. Além de tocados pelo o que foi visto, o públiso sairia completamente molhado e pesado, pois as lágrimas de nossa nuvem choram amor.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

diz logo, vai!

então,
é isso.
pode parecer forte,
mas no fundo
não o é.
é calmo como a brisa
e veloz como o vento.
é sentimento.
feito de amor
e também cimento.
ah, marinheiro.
eu preciso sempre poder falar
ser sempre eu
não perder meu amor.
prefiro as coisas assim:
claras, ditas, lúcidas.
para que não existe farsa
para que não desgaste o esmalte
para que não ultrapasse
o limite deste passe.
assim marinheiro.
um porto
uma saída
duas bocas
uma conversa
meu lenço
meu pano de cobrir as orelhas
tudo assim:
quentinho para proteger do frio,
que tarda,mas sempre vem.
pronto, falei.
fugi do disse, me disse, não disse.
abri minha bolha invisível
e disse.baixinho.
que é pra não fazer alarde.
sentimento não arde.

domingo, 15 de junho de 2008

Ah! Marinheiro.


Se um dia você for embora para nunca mais me amar, eu lhe peço: deixe o mar.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Laços

DOS TAIS LAÇOS HUMANOS

Baseado em três contos de Lygia Fagundes Telles "Natal na barca", "Uma branca sombra pálida" e "Apenas um saxofone".Sucesso de público na VII Mostra de Teatro da UFRJ, o espetáculo conta a história de cinco mulheres e da maneira particular como encaram a vida.

Grupo 6 Marias e Meia

Direção: Luciana Barboza
Ass. Direção: Caio RiscadoElenco: Duanny Dantas, Kelly Coli, Mariana Couto, Thaísa Areia e Thaís Inácio.
Cenário:Elisa Emmel e Bia Barbiere
Ass. Cenário: Mathias do Valle
Figurino: André Von Schimonsky
Produção: Ramón Sampaio e Ricardo Lemos
Local: Teatro Ziembinski – Rua Heitor Beltrão s/no – Tijuca(em frente à estação São Francisco Xavier do metrô)
Temporada: De 14 a 29 de junho
Horário: Sábados e domingos, às 20h
Ingressos: R$15,00 (inteira)R$7,50 (meia)

Adoraria a presença de todos.
=]

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Nova Definição.

Nas curvas de minha cafonice, pela habitual fumça de meu cigarro, sobre a minha voz de gralha assumida e as minhas pernas de saracura, alimento a fome que tenho de você.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Iniciação.

iniciei-me
em uma outra vida.
ou esfera.
amarela
seja lá qual cor for.
iniciei-me
para te entender melhor
esta sina que está em ti
de nada querer maior
de se contentar com o pequeno
com o pobre, pormenor...
iniciei-me
para clarear as coisas
para abrir as janelas
ligar o ventilador
e pedir ao movimento
que leve com ele
a dor que sinto:
leve dor
a dor doce do amor.



rimas fáceis
calafrios
...