essa sua história de decompor-me, não sei, eu gosto. parece que me olho de fora por alguns instantes e nem sei se reconheço o que está escrito ali, mas fricciono, deve ser eu quem você diz, deve ser alguma parte minha, vesguice que escapa, que você olha e me coloca ali, em palavras narrações que me obrigam a te olhar também, a te escrever também, a pensar em você, querer te ver de novo, saber o que te incita a decompor-me assim, tão bonito. gosto do seu contraste, o preto no branco, o pelo longo no peito pequeno, alguma relação anatomica nos aproxima, o tropeço bêbado que vamos dançar, eu não sei ainda como tropeçar em você, deixar me cair, quando falo em queda, quando falo que só tropeçar é um problema, é porque a queda é entrega, espatifamento eu sempre espero, nem sempre consigo. mas vou me deixar florear devagarinho, pra ver o que acontece, que galho eu agarro, descobrir tuas inúmeras pernas, cheiros, estampas que guarda, o que tem debaixo da barba, tuas palavras rápidas, pensamentos gigantes humanos sensíveis, elaborações tão racionais de sentimentos crus, eu não sei chorar, você sabe. até amanhã.
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