domingo, 17 de agosto de 2008
para encontrar-me.
eu queria poder mais uma vez pegar nas tuas mãos e tentar lhe dar algumas das respostas que tanto espero. se ia conseguir, não sei. mas quando se fala em amor, se fala em tentativa e nada é simples como pular amarelinha. na verdade o jogo da amarelinha está bem longe de ser algo simples. hoje é domingo, são duas e vinte e oito da madrugada e após longo e difícil cálculo cheguei a conclusão que por meu copor passaram, mais ou menos, cerca de trinta latinhas de cerveja e outras bebeidinhas ao decorrer do fim de semana. sinto-me cansado. não gosto de me sentir assim e o sentimento de não poder dividir nada disso com você me irrita. ando irritado e pouco tolerante. como as coisas podem se confundir tão rápido. já não dói mais tanto em meu peito a saudade que eu sinto. estou um pouco na fase do lamentar. quando você olha para você mesmo e diz, assim debochando como todo mundo anda dizendo, bem legal. bem bacaninha estar assim. a direção de agora está me fazendo reler contos que dizem de mim e muito já me disseram também. a tal ilha desconhecida. meu deus, lembro-me que a primeira vez que li desejei tanto poder conhecê-la. ou melhor, fazer dela minha própria casa. moradia. o amor de clarice que transpira pelo bonde me faz repensar um montão de coisa também. mas no momento vou ficar mesmo com o banal. com as idiotices da dona de casa e seus escritos para si própria. o livro da márcia ainda me traz inquitações e o ler junto ainda não sei se é a melhor coisa. talvez, seja melhor ler e comentar depois. junto não sei. ando com vontade de devorar as coisas. soube que alguns projetos estão em andamento e você não está neles. mas não sei o que houve e você também não me contou. lembra quando brincávamos de deitar na cama, olhar as paredes e depois de reclamar duas horas de tédio, levantávamos e caminhávamos em direção a loja de conveniências. chocolate para você. amendoim para mim. cerveja para dos dois e o dinheiro contado. isso tudo tinha uma graça enorme que não sei se rio ou se choro. hoje eu caminhei pelo lugar onde vivemos metade de nossa vida. meu deus, que saudade. que nostalgia. que sentimento de posso tenho sobre este lugar. ver a placa da rua, lembrar dos passeios, de quantas vezes fui ao seu encontro para encontrar-me. quanta cafonice dividimos. quanta caretice. quanta coisa boba das bobeiras mais bonitas. a vida continua e encontrar ela na lapa também me faz pensar muito em você. tenho saudade, mas tenho medo de procurá-lo. queria tomar um café. um cigarro. dois beijos e uma boa conversa. conserva esse gostar por mim que prometo no futuro dividimos uma caminhada, uma viagem um almoço. se lembra quando a gente fazia nosso próprio jantar? você adorava me ver pedindo-lhe que ascendesse o fogão. sempre tive medo de fogão. hoje, já não tenho mais. quantas vezes cantamos ao som de santa chuva, eu a me esguelar e você fitandodo-me com amor. aia.... voltar no tempo é impossível, mas como nos faz bem a memória, meu deus. escrevo tanto meu deus e pouco penso nele, de fato. é tudo vício de linguagem. a oralidade que se transporta para a escrita. eu escrevo assim mesmo, como falo. e como falo. quem sabe um dia né. quem sabe. mas é que agora transito por novos ares e tenho novos vocês. e este você novo ainda insisti em não querer dividir-se comigo. processo. cada um tem um tempo, disse. eu sei. mas que tempo cão, meu deus. olha aqui ele de novo sendo chamado. divertido reparar nisso. é. cinderela ainda não vai ao baile, mas continua sendo a mais bela. ohhhhhh não. não vai? pois é.
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