terça-feira, 22 de julho de 2008

Que a sua lagoa há de secar!

Recém-chegado. Um pouco mais tranquilo, mas ainda pesado. Ver você, paulicéia desvairada, e tudo que o seu nome engloba, me traz a sensação de que as coisas podem dar certo de novo. De que o o sol nascerá no dia seguinte e os anjos dirão amém. O cinza de seus olhos continua o mesmo. Mas posso jurar que consigo ver beleza neles. Em sua pele seca, sua expressão fatigada e violenta. É que gosto do seu glamour despretencioso e irônico. Gosto de ver os meninos e as meninas subirem e descerem a Augusta assim como li no conto do Caio. Fiz a cabala para tentar colocar as coisas no eixo, recomeçar. E então, surgi o outro. Vindo não sei de onde. Dentro do meu passado ainda presente, não sei...........Veio com tamanha fúria, pegando-me de surpresa, derramando sobre a cama e meu corpo todas as suas novas intenções, inquietações. Contava as novidadas como quem descobre o mundo e seus segredos sagrados. Disse-me que agora está disposto. Que não quer mais mentir. Quer assumir e se deixar levar pelo sentimento que chama de vida. Reclamou do afastamento e tudo mais.... Era uma defesa minha, eu disse. Todos precisam se defender. Meu deus. Ele chegou e por tanto tempo desejei esse momento que agora não sei nem se o quero mais. Não sei conduzir direito suas horas, encontros e cores. Eu preciso me cuidar e pensar...é tudo muito longe, louco, novo... novo, mas conhecido. Vai entender..nem eu entendo. O mundo da voltas Clarice. Cada vez mais seus escritos ficam claros, nítidos. Me chama prum café?massagem no pé?eu faço. Cada vez mais os pingos dos is vão sendo colocados e os jacarés tem suas lagoas secas...Pois é. Faz um pouco de frio e eu queria saber cantarolar uma música de ninar. Sempre sofro com a volta, mas sei que volto mais forte. Mais crente e quente.

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