terça-feira, 13 de maio de 2008

Onde dentro de mim?

Estou sentindo falta das coisas compactas. Estou sentindo falta do fácil acesso às mãos. Estou, na verdade, no meio de uma grande mudança. Não sei como lidar. Entendo que é preciso esperar, mas até quando? Já faz muito e o tempo continua passando. Vão se fazer poucos e eu já estarei aí. Que saudade... Nunca tive um sentimento que não pudesse comentar. Agora tenho: este. Este, que de tão seu, me fugiu o controle. que não sei mais onde entro, termino, nem como me chamo perto ou longe de você. que não me estipula regras de conduta, que me deixa assim solto, mas que me pega de surpresa. Eu que nunca precisei dar satisfações a ninguém, agora me vejo as dando a minha própria pessoa. Tornei-me um vigilante de mim mesmo e posso dizer que esta experiência não é legal. Eu queria poder telefonar. Fazer pipoca no microondas. Lavar a roupa suja, entende? Realmente acredito que dentro de situações cotidianas os diálogos fluem com mais facilidade. O ator de fazer uma ação, gera um comentário que desemboca em outro e, quando se vê, já se forma um assunto. Devíamos ser assim. Aceito um convite para arrumar seu armário.

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são quatro. um fica. outro vai. dois esperam. outro volta. um continua no mesmo lugar. dois lametam a partida.espero.

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