domingo, 16 de agosto de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

tá.

é que quando nos vemos, você transborda de mim.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Xambudodepressão.

onde fica a minha pátria? eu ainda não sei o que sinto por você. vai meu filho, segue teu caminho que de cá eu te olho. vai. mas volta. pra gente cantar mais uma nova canção. que quando você me pega no colo, me segura com as mãos... meu corpo treme e sente medo, aflição. mas sente-se também protegido, admirado. vem filho, eu te espero pro nosso refrão.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Das narrativas do meu corpo.

talvez todo o problema seja mesmo o corpo. não ele, coitado. mas o que fizeram dele. todos vocês. vocês que me tocaram, beijaram, amaram e foram embora. vocês que, as vezes, voltam sem fazer aviso ou até mesmo vocês que esqueceram, por completo, que, um dia, por aqui passearam. o problema deve ser mesmo o meu corpo e nele as marcas que vocês deixaram. como pode, santo deus, meu corpo se alembrar de como, onde e por que nos amamos?o meu corpo não falha. tudo passa, mas permanece nele a memória do movimento. como se ao longo de todos os minutos, camas, colchões e retalhos que já vivemos, o meu corpo e eu, ele fosse armazenando detalhes para, posteriormente, transformá-los em partituras. o meu corpo é repertório. de todos os nomes que já tive. de todas as maneiras que já se arriscou a pular mais alto. o meu corpo está sempre vestido para matar e ele fala por mim. é como se, por alguns momentos, todo e qualquer tipo de resposta escolhesse se manifestar na forma física. as palavras me faltam, a boca trava ele responde. na resposta, me desvenda, me tira a máscara que costumo usar. revela. mostra-me nu, assim como só eu me vejo diante do espelho. não puro, mas limpo. eu queria poder descrever todos esses momentos, mas eles precisariam ser filmados. o meu corpo não fala por caracteres. ele é movimento. e assim como o dela, o meu corpo também é obra. e só de saber que ele vai entrar em contato com o corpo de todos vocês. ele está inseguro. não pelos toques que possa vir a receber. a insegurança brota em não saber como se movimentar, como completar com ele as lacunas que sobram no de vocês. está com vergonha. aprende corpo a se defender, marcar território. mostra sua pátria e não seu presidente. o meu corpo me dói e isto é culpa de vocês. cada pedaço dele carrega uma história. o meu corpo é feito de lembranças. e por mais que eu me dedique a difícil tarefa de deslembrar. ele insiste em passar como em um filme: imagens. créditos sem fim. que roteiro é esse que fala por mim?vocês não me disseram que estavam gravando. quero controlar a edição.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

Das reclamações com o frio

Vai, mas volta. Preu ver se de volta a gente começa a cantar. Vai, mas volta. Conta até cinco com os dedos. me abraça forte. diz que...


são os espaços, as lacunas, o que ainda não foi tomado como casa, moradia...

é o corpo como alimento, vida.
como regra, aprisionamento.