ele olhava para ele. no olhar se dizia, derretia. ele olhava para ele e no olhar não sabia que assim se abria. ele olhava para ele com amor. brincavam. riam. esperavam. o ônibus estava lotado, mas isso não fazia a menor diferença. ele estava com ele. eles estavam juntos filosofando sobre o ar que embaça as janelas quando chove muito e tudo se tranca. ele olhava ele. perto daquela porta, do meio sanfonado, dentro do grande objeto vermelho... nascia o amor.
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